quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Não gosto de me sentir sugestionada pelas matérias das revistas, muito já houvi dizer desta fase mas quando ela inicia é punk-rock-hardcore!
Terrible two ou apenas a fase em que João Victor decidiu me enlouquecer!
O carinha esta manhoso, cheio de opinião e vontades. Faz pirraça nos momentos mais impróprios e escolhe a dedo sua platéia.
Faz inúmeras fofurices ao longo do dia mas se aparece alguém de diferente, basta para o show começar.
Cheio de vocabulário, a mamãe que antes era chamada de princesa, agora é a CHATA, MALUCA e por aí vai.
Na última reunião de pais realizada na escola do João, esta foi uma reclamação geral e todos os pais apresentaram suas dúvidas, reclamações e buscaram orientação sobre como lidar com esta fase tão complicada. 
Todos na turminha tem idades bem próximas, sendo o João um dos mais novos. Me senti acolhida ao perceber que não era a única passando por este terremoto...

Por vezes tenho vontade de montar em um foguete e ir pra Lua mas como sentirei saudades do meu filhote birrento, é melhor repetir o mantra "vai passar" e seguir adiante.
Educar é muito difícil e tenho medo de que ele fique mimado e não saiba lidar quando a vida lhe apresentar a frustração. Sei, sei que este papel é dos pais mas tenho sentido muita dificuldade em negar e colocar limites apenas com diálogo.
Bater não resolve, gritar não resolve e muitas vezes a conversa também não. Quando tento, me sinto uma tola pois ele começa a chorar cada vez mais alto e eu não sei o que fazer.
Neste momento, deixo-o chorar por uns minutos depois eu volto e tento conversar. As vezes isso se repete várias vezes até que ele se acalme e eu possa enfim, falar.
Peço para ele não fazer mais, ele concorda, me dá um abraço e daqui a menos de uma hora, ele esta fazendo a mesma coisa.
Cansaço. Isso me resume. O bom é que na maioria das vezes sei quando as crises vão começar. Os pontos críticos são o sono e a fome.
E as restrições.... claro! João Victor não sabe lidar com qualquer negativa. Não há limites para brincadeiras, para ver desenho, hora para tomar banho ou para sair dele, deixar os coleguinhas irem embora... enfim, a palavra NÃO simplesmente não existe para ele.
E sabemos que não dá para ser assim.

Agora, some esta angústia e dificuldade + um dia a dia repleto de trabalho + duas horas de engarrafamento + culpa por tanta ausência.... = prazer, meu nome é Viviane!

Na boa, as vezes chego tão cansada, tão esgotada física e emocionalmente que acabo sendo permissiva em algumas questões simplesmente porque naquele dia (e só naquele dia), eu queria um pouquinho do combo paz/silêncio/descanso.
Ninguém me disse que seria fácil mas eu preciso acreditar que isso vai passar! E logo....
 

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

A maternidade tem destas coisas... 
Você trabalha intensamente o dia inteiro, quer chegar em casa, tomar um banho, curtir um tempo só seu.
Daí você chega em casa... é uma gritaria, a casa esta revirada pelo avesso, brinquedos espalhados até no banheiro, a geladeira esta zero glamour - nada de bom.
Você pensa, meu Deus é isso que temos pra hoje?

Daí chega o final de semana, você encaixota pai e filho para uma atividade ecológica e de repente...........
Fica sem cenário!
Arruma a casa,
Toma Banho demoradamente,
Olha o relógio,
Passa mil quinhentos e trinta e oito cremes,
Prepara o almoço,
Olha o relógio,
Almoço fica pronto,
Olha o relógio,
Liga a televisão e olha o relógio,
Caramba, vou ligar...
"Alô... esta tudo bem? Tá, sei, bebeu água, passou filtro solar, comer alguma coisa? Tá, sei... tá adorando... tá... nem perguntou por mim? Tá... tá... tu tu tu...

Olho o relógio... poxa, estão demorando...
Passam duas, três horas...
A fome, aperta, almoça sozinha.... olha o relógio... droga, detesta almoçar sozinha...

Olha o relógio, esta escurecendo!
Gente, sequestraram meu filho! Não é possível, que passeio é este que não acaba!!!
Ele deve ter caído, se machucou, o pai não ligou porque não quer me preocupar... tou sentindo, é isso! Esta acontecendo alguma coisa, não é possível um passeio demorar tanto!
Vou ligar:
"Alô, fala a verdade, o que esta acontecendo??? Cadê meu filho?!@#$$% Caramba, vc precisa voltar pra casa agora, eu tou sentindo, fala a verdade!!!!" Hã.... que? Está chegando??? Tá, tou esperando."

E aí.... a criaturinha chega.
Cheio de histórias, olhinhos brilhando, ansioso para contar tantos detalhes, descobertas e aventuras...
E com ele também chegam todos os barulhos, manhas, gritos, desenhos animados e brinquedos voadores.
A casa adquire outra configuração e eu volto a encontrar meu cenário, minha estória, volto a me identificar.
Este é meu melhor papel.