Não gosto de me sentir sugestionada pelas matérias das revistas, muito já houvi dizer desta fase mas quando ela inicia é punk-rock-hardcore!
Terrible two ou apenas a fase em que João Victor decidiu me enlouquecer!
O carinha esta manhoso, cheio de opinião e vontades. Faz pirraça nos momentos mais impróprios e escolhe a dedo sua platéia.
Faz inúmeras fofurices ao longo do dia mas se aparece alguém de diferente, basta para o show começar.
Cheio de vocabulário, a mamãe que antes era chamada de princesa, agora é a CHATA, MALUCA e por aí vai.
Na última reunião de pais realizada na escola do João, esta foi uma reclamação geral e todos os pais apresentaram suas dúvidas, reclamações e buscaram orientação sobre como lidar com esta fase tão complicada.
Todos na turminha tem idades bem próximas, sendo o João um dos mais novos. Me senti acolhida ao perceber que não era a única passando por este terremoto...
Por vezes tenho vontade de montar em um foguete e ir pra Lua mas como sentirei saudades do meu filhote birrento, é melhor repetir o mantra "vai passar" e seguir adiante.
Educar é muito difícil e tenho medo de que ele fique mimado e não saiba lidar quando a vida lhe apresentar a frustração. Sei, sei que este papel é dos pais mas tenho sentido muita dificuldade em negar e colocar limites apenas com diálogo.
Bater não resolve, gritar não resolve e muitas vezes a conversa também não. Quando tento, me sinto uma tola pois ele começa a chorar cada vez mais alto e eu não sei o que fazer.
Neste momento, deixo-o chorar por uns minutos depois eu volto e tento conversar. As vezes isso se repete várias vezes até que ele se acalme e eu possa enfim, falar.
Peço para ele não fazer mais, ele concorda, me dá um abraço e daqui a menos de uma hora, ele esta fazendo a mesma coisa.
Cansaço. Isso me resume. O bom é que na maioria das vezes sei quando as crises vão começar. Os pontos críticos são o sono e a fome.E as restrições.... claro! João Victor não sabe lidar com qualquer negativa. Não há limites para brincadeiras, para ver desenho, hora para tomar banho ou para sair dele, deixar os coleguinhas irem embora... enfim, a palavra NÃO simplesmente não existe para ele.
E sabemos que não dá para ser assim.
Agora, some esta angústia e dificuldade + um dia a dia repleto de trabalho + duas horas de engarrafamento + culpa por tanta ausência.... = prazer, meu nome é Viviane!
Na boa, as vezes chego tão cansada, tão esgotada física e emocionalmente que acabo sendo permissiva em algumas questões simplesmente porque naquele dia (e só naquele dia), eu queria um pouquinho do combo paz/silêncio/descanso.
Ninguém me disse que seria fácil mas eu preciso acreditar que isso vai passar! E logo....