segunda-feira, 25 de junho de 2012

Quando decidi ser mãe e comecei uma busca infindável de informações para construir meu jeito de maternar, li muito sobre os benefícios da cama compartilhada.

Aderimos a este recurso por volta do segundo mês de vida do João Victor quando ele teve uma reação a vacina e ficou com febre por umas duas noites.

É inegável que a cama compartilhada trás de fato, muitos benefícios tanto para o bebê quanto uma enorme comodidade para a mãe que, exausta precisa encontrar formas de cuidar do seu bebê e também manter sua sanidade...rs
Foi uma delícia dormir com meu filho na mesma cama, tendo aquele cheirinho gostoso, aquele corpinho bem perto dos meus afagos... 

O pai apoiava e mostrava até certa resistência em colocarmos o João Victor no berço. 
Na minha cabeça, eu datei que após um ano ele iria para o seu quarto mas a data chegou e só me senti fortalecida de iniciar este processo agora, com o João Victor com dois anos.

Troquei muitas informações com minhas amigas e procurei inspirações na blogosfera materna. O relato da Dani do Blog (danydanielle.blogspot.com) me deu ânimo e ... mãos a obra!

Chamei um montador de móveis para desmontar o berço e transformá-lo em uma cama de solteiro, afinal, comprei o móvel justamente por esta funcionalidade.
Comprei colchas e lençóis para esta nova fase e tentei deixar o quarto com menos cara de quarto de bebê.
O berço transformou-se em uma cama de solteiro e um móvel baixo que receberá a roupa de cama, livros e brinquedos. A idéia é deixar tudo a mão para que ele explore e brinque com o que quiser.

Durante o dia, deitei várias vezes com o João Victor na nova cama, dizendo que aquele era o seu quarto novo e que a partir de agora ele iria dormir neste local.
Ele curtiu e toda vez que chegava alguém lá em casa, mostrava o espaço para o 'visitante'.

A noite, arrumei a cama dele e a auxiliar. O plano era dormir com ele a noite toda por uma semana. Depois deste tempo, ele passaria a adormecer comigo ao lado e depois eu iria para o meu quarto.

Primeira semana: Ele dormiu bem. Tentou dormir na mesma cama que eu mas carinhosamente eu explicava que ele tinha que dormir na caminha dele. Eu fazia carinho e ele adormecia novamente. Acordou para mamar nos horários habituais.

Segunda semana: Grande expectativa! A meta era, fazê-lo dormir, colocar na caminha dele, ligar a babá eletrônica e torcer!!!!
Nossa, a primeira noite ele acordou apenas para mamar, a babá eletrônica funcionou maravilhosamente bem e eu dormi tranquilamente. Quando deu seis horas da manhã, ele foi para o nosso quarto e deixamos ele terminar o sono lá.

Na segunda noite, a babá deu uma zica e só escutamos o chorinho dele quando ele próprio já se fazia escutar (fail)! Mas ainda sim, considero um sucesso, já que depois de alimentado e acalentado, voltou a dormir, permanecendo assim até a hora de eu levantar para trabalhar.

Ainda estamos iniciando o processo mas estou muito feliz com os avanços dele. 
Dá trabalho, requer rotina e dedicação como tudo que envolve nossos filhos. A Dani escreveu sobre o ato de levantar mil vezes para recolocar o filho na cama dele e eu me preparei psicológicamente para isso.
Sabia que uma vez iniciado este processo, não poderia voltar atrás ou a mensagem que passaria ao João Victor seria de que, se ele chorar ou insistir, eu desisto de fazer o que ele não quer.

Vou insistir e sei que este é mais um ciclo que se encerra. Vivemos intensamente a cama compartilhada, recomendo a todas a experiência mas quando a criança e os pais dão indícios de que precisam de espaço individual, quando este começa a ficar restrito, é sinal que todos já estão prontos para encerrar esta vivência e partir para uma outra etapa.

João Victor mostrou que estava pronto e tem respondido muito bem a este desafio.
Confio nele e sempre passaremos para outras vivências assim que ele demostrar que esta pronto para novos desafios, sem trauma e no tempo dele.



Um comentário:

  1. Ai que legal!!!
    Essa experiência é muito legal e ver o crescimento dos nossos pequenos é uma delícia... (tudo bem que a vontade é de tê-los pequeninos pra sempre, mas ainda não descobriram como fazer isso...rs)
    Beijos

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